Museu Histórico de Brasília

O Museu Histórico de Brasília, ou Museu da Cidade, foi inaugurado em 21 de abril de 1960, quando da transferência da capital. Em diagnóstico apresentado no início desta consultoria, apontou-se a necessidade de criação de expografia que valorize e revele a importância deste museu para a capital. Hoje, a história e os fatos que marcaram este evento encontram-se gravados em textos na pedra mármore das paredes mantendo sobriedade característica do prédio. Esta forma de apresentação do conteúdo, muito apropriada em seu tempo, mostrou-se ineficaz do ponto de vista museográfico com o passar dos anos, o que fica claro pelo menor número de visitantes, bem menor em relação aos outros equipamentos. Une-se a este aspecto a ausência de sinalização do prédio, que dificulta a sua identificação na praça. A proposta para este museu leva em consideração o reduzido espaço interno e a necessidade de oferecer opção de apresentação de conteúdo mais amena e lúdica ao público. Evitou-se a inserção de peças ou painéis no centro do espaço para mantê-lo o mais limpo possível, como quando foi concebido pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Propõe-se aqui a inserção de três elementos expositivos: totens gráficos e audiovisuais; projeção de animação tipográfica e jogo de educação patrimonial de realidade aumentada. 

Os totens funcionarão como com complemento didático às informações gravadas no mármore interno do museu. O sistema de projeção com vídeoanimação de letras se apresenta como forma lúdica de introduzir o visitante no conteúdo apresentado. Já a realidade aumentada pretende expandir o conteúdo museológico para a praça. Ressalta-se que, em se tratando do uso de realidade aumentada, esta é uma excelente ferramenta para conteúdo de educação patrimonial, com aplicação que pode incluir jogos de diversas naturezas. O projeto expográfico deste espaço prevê a instalação nas paredes de 16 totens de 3 metros de altura e 50 cm de largura, que apresentarão elementos gráficos, fotos e vídeos com informações complementares ao conteúdo de cada texto, além das versões dos textos já existentes em braile, inglês e espanhol. A ideia é que as telas de TV tragam informações de contexto e complementares aos conteúdos dos textos gravados nas paredes do museu em videowall. Para evitar intervenção direta na pedra mármore original das paredes do espaço, a fixação dos totens é feita por meio de barra de inox de 66 mm de diâmetro com rosca ajustável no comprimento e com pequenos parafusos fixos no teto e no chão. Os totens são compostos de três módulos com suportes metálicos próprios: os dois superiores são de telas audiovisuais de 46 polegadas e o inferior, confeccionado em ACM preto, receberá textos em português, inglês e braille, gravados em chapa de aço. A altura do braille é acessível para pessoas com deficiência visual. O painel também porta um código QR para sincronização de audioguia. Os módulos audiovisuais estão pensados para a redução do custo de produção, uma vez que o módulo de vídeo não precisa de carcaça. Esses módulos de videowall são de 46 polegadas com borda preta de somente 5 mm. A parte dos módulos de videowall mede 103 cm de altura e 58 cm de largura. São colocados um em cima do outro na vertical. Nas telas, podem ser exibidas diferentes imagens e vídeos para relatar ou complementar o conteúdo, ou apenas uma única, no conjunto de telas. Cada totem portaria um media player (pequeno HD) para os conteúdos audiovisuais. Os 16 totens previstos na expografia estão unidos por um rodapé instalado no solo, de 40 mm x 70 mm, de alumínio fosco, que se estende desde a tomada de um dos extremos ao ponto de energia de cada totem, com fiação que sobe pelo tubo de cada um dos módulos. Não há necessidade de sonorização de cada totem, uma vez que o audioguia oferecerá informações sobre cada painel, o que não impede a implantação de um som ambiente comum a toda a sala da exposição. Em uma das paredes, prevê-se um ponto para descarregar o aplicativo do jogo digital de realidade aumentada. 

Os totens funcionarão como com complemento didático às informações gravadas no mármore interno do museu. O sistema de projeção com vídeoanimação de letras se apresenta como forma lúdica de introduzir o visitante no conteúdo apresentado.

Já a realidade aumentada pretende expandir o conteúdo museológico para a praça. Ressalta-se que, em se tratando do uso de realidade aumentada, esta é uma excelente ferramenta para conteúdo de educação patrimonial, com aplicação que pode incluir jogos de diversas naturezas.

O aplicativo por meio do qual os visitantes podem desfrutar da tecnologia de realidade aumentada, um sistema concebido em três dimensões, que combina elementos virtuais com o ambiente real, a interatividade e o processamento em tempo real. A ideia é inserir no sistema um número de fotografias ou vídeos feitos no perímetro da Praça dos Três Poderes no período da construção de Brasília. Sinais metálicos ou coloridos, implantados na pedra portuguesa do piso, seriam a referência para as fotos inseridas no sistema. Ao chegar a esses marcos, o visitante aponta o celular para o ambiente e acessa a foto do mesmo ângulo, tirada na época da construção da capital, ou seja, pula da visão real para a foto histórica.